Certo dia, a mãe de uma menina mandou que ela levasse um pouco de pão e leite para sua avó. Quando caminhava pela floresta, um lobo aproximou-se e perguntou-lhe onde ia.
_ Para a casa da vovó.
_ Por qual caminho, o dos alfinetes ou o das agulhas?
_ O das agulha.
O lobo seguiu pelo caminho dos alfinetes e chegou primeiro à casa. Matou a avó, despejou seu sangue numa garrafa, cortou a carne em fatias e colocou numa travessa. Depois, vestiu sua roupa de dormir e deitou-se na cama, à espera.
Pa, pam.
_ Entre querida.
_ Olá, vovó. Trouxe um pouco de pão e leite.
_ Sirva-se também, querida. Há carne e vinho na copa.
A menina comeu o que foi oferecido, enquanto um gatinho dizia: "menina perdida! Comer a carne e beber o sangue da avó!".
Então, o lobo disse:
_ Tire a roupa e deite-se comigo.
_ Onde ponho meu avental?
_ Jogue no fogo. Você não vai precisar mais dele.
Para cada peça de roupa (...) a menina fazia a mesma pergunta, e a cada vez o lobo respondia:
_ Jogue no fogo..
(etc).Quando a menina se deitou na cama, disse:
_ Ah, vovó! Como você é peluda!
_ É para me manter mais aquecida, querida.
_ Ah, vovó! Que ombros largos você tem!(etc., etc., nos moldes do diálogo conhecido, até o clássico desfecho):
_ Ah, vovó! Que dentes grandes você tem!
_É para comer melhor você, querida.
E ele a devorou.