Não há estrelas no meu céu.
Não há luar nas minhas noites...
Não há sol nos meus caminhos.
Não há primaveras de amor...
Não encontro canteiros em flor,
Não tenho beijos nem carinhos...
No meu céu nada vejo. Só escuridão.
Nas minhas noites...só eu e a solidão.
Há um vazio cruel no meu coração.
Um vazio que ruge e morde...
Tento adormecê-lo com uma oração,
Para que se aquiete antes que acorde...
Assusta-me este vazio, esta desolação.
Este silêncio, que me fustiga, é medonho!
Sem refúgio, cada vez mais me exponho
Ao ribombar assustador de cada trovão...
O desconforto da minha saudade
alaga meu peito e, sem dó, o invade.
Não consigo fugir desta atroz verdade...
e, enquante me escondo, caio na realidade...