quarta-feira, 13 de julho de 2011

“Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.”
Clarice Lispector

Tô indo...



Tô tentando um novo dia
Um método novo
Com um novo sabor
De um jeito novo
Um novo jeito de levar a vida
Tô buscando novos amigos
Tô tentando novas relações
Tô atrás do imprevisível
Tô querendo rir da vida
Mais do que ela ri de mim
Vou tentar fazer do desapego
Mais do que ele fez por mim
Tô deixando de dar importância
E começar a me importar
Só com quem se importa comigo
Tô parando de pedir migalhas
Começando a aceitar o que não via
Tô abrindo os olhos
Tô abrindo mão

Laviolete