sexta-feira, 31 de outubro de 2008





“Colégio Santa Maria 1961

Elisa já não conseguia prestar atenção na aula, se contorcia de um lado para o outro com as mãos entre as pernas que balançavam tentando segurar.

- Elisa! Posso saber o que está acontecendo? – perguntou a professora chamando a atenção de toda a classe.

Era o que Elisa temia, a sala toda olhando para ela, sua pele pálida ficou ruborizada. Elisa era uma garota tímida, não tinha amiga, e era sempre hostilizada no colégio. Toda escola tem um aluno que é alvo de piadas, gozações e humilhações. Ela era a preferida no colégio feminino Sta. Maria, um dos mais rígidos e tradicionais colégios de São Paulo.

As outras meninas judiavam dela, por ser extremamente ingênua e não ter o padrão de beleza ideal para elas. Elisa era magra, de pouca estatura, cabelo preto escorrido, seus olhos verdes ficavam quase escondidos pela longa franja.
Foi assim durante anos, e Elisa aos dezesseis não era muito diferente de quando ingressou, sempre introvertida, era muito difícil vê-la sorrir, não participava das conversas e rodinhas das suas companheiras de sala. De família humilde, Elisa se esforçava o máximo para tirar boas notas, mantendo assim a sua bolsa de estudo.

Agora não tinha saída, ela já sabia que seria motivo de piada novamente. Levantou-se e com a cabeça baixa pediu:

- Desculpe professora... É que eu preciso ir ao banheiro.

- Porque você não foi na hora do intervalo? – perguntou a professora sem obter resposta. - Vai! Não quero ninguém fazendo na calça, justamente na minha aula.

A turma foi ao delírio. Elisa se arrumou rapidamente e saiu da sala sob o coro de Mijona!”

As meninas aguardavam com ansiedade a chegada de Clara, elas combinaram de se encontrar no vestiário.

- Você não quer ligar pra ela? Está demorando. Não temos muito tempo. – disse Regina.


- Ela deve estar chegando. Vou mandar uma mensagem. – respondeu Ana.

- Não precisa! Já cheguei...

- Clara! Ainda bem, não temos muito tempo. E aí conseguiu? – perguntou Regina

- Claro! Olha aqui... – respondeu Clara tirando da mochila um pedaço de cartolina e uma caixa de papel.

Clara estendeu a cartolina no chão e colocou trouxinhas de pano em cada extremidade enquanto Ana acendia as velas.

“ Elisa caminhou pelo corredor escuro do vestiário de cabeça baixa tentando não chamar atenção. Impossível! Havia algumas meninas se trocando no vestiário e uma delas logo percebeu sua presença. A garota ficou espiando pela fresta atrás dos armários para ver em qual banheiro ela entrava.

- Pessoal, sabe quem acaba de entrar no banheiro? – sussurrou – Aquela menina esquisita. Como é mesmo o nome dela?

- Elisa? Não acredito! – respondeu a amiga dando um largo sorriso – Vamos dar um susto nela?”
Na cartolina estava o alfabeto e algarismos distribuídos em círculo e as palavras sim e não em cada extremidade.

Sob os olhares atenciosos de suas amigas Clara explicava com calma, passo a passo o ritual para a comunicação com espíritos através do jogo do copo.

- Sempre tive medo de brincar com isso. E se der errado? – disse Ana

- Não fique com medo. Já fiz várias vezes e nunca aconteceu isso, só precisamos seguir as regras direito para que não ocorra nenhum problema. O segredo é acreditar e não demonstrar medo. – respondeu Clara.

As meninas deram as mãos em torno do tabuleiro e começaram o ritual.

- Estamos aqui para nos comunicar com o plano espiritual, gostaríamos de fazer perguntas aos espíritos que aqui se encontram. – disse Clara.

Com o dedo indicador em cima do copo, elas começaram a invocação.

- Tem alguém querendo se comunicar? – perguntou Clara

O copo permaneceu imóvel.

- Algum espírito gostaria de se comunicar? – perguntou novamente.

- Acho que eles não estão muito afim. – disse Regina

- Concentrem-se! Deixem a mente vazia... – disse Clara – Invocamos os espíritos que aqui estejam e queiram se comunicar. Tem alguém ai?

O copo se arrastou vagarosamente até a palavra SIM e retornou para o centro. Ana e Regina arregalaram os olhos.

- Você quer se comunicar conosco? - perguntou Clara.

O copo novamente se moveu na direção afirmativa.

- Quem é você? Pode dizer o seu nome? – perguntou Ana

O copo começou a se mover quando foi interrompido por uma forte batida no armário.

- Posso saber o que vocês estão fazendo aqui?

“As garotas retiraram folhas de seus cadernos, juntaram embaixo da porta sem que Elisa percebesse, e colocaram fogo. O papel começou a queimar rapidamente, as chamas começaram a queimar o fundo da porta. Elas tentavam segurar a vontade de rir e se amontoavam no banheiro ao lado para ver o que aconteceria. Elisa se assustou ao ver toda aquela fumaça saindo da porta, vestiu sua saia rapidamente e tentou abrir a trava, mas o fogo estava consumindo rapidamente a velha porta de madeira. Ela começou a berrar desesperada e as meninas riam com toda a situação.


- Elisa aqui em cima! Suba por aqui! – gritou uma delas no vão do banheiro ao lado.
O sistema de incêndio foi acionado, o alarme ecoava pela escola inteira.”

Clara levantou assustada e ficou na frente do tabuleiro, ela conhecia essa voz. Todos no colégio conheciam. Era a inspetora Helena, a funcionária mais velha do colégio, sua vida era o Sta. Maria, não se cansava nunca de desempenhar o duro trabalho que carregava há quase quarenta anos.
Elas rapidamente foram ao encontro da inspetora para evitar que ela visse o tabuleiro.

- Desculpa Dona Helena, sou eu, a Clara.

- O que vocês estão fazendo nessa escuridão meninas?

- Estávamos procurando o brinco da Regina, mas já encontramos. – retrucou Clara tentando disfarçar.

- E estão procurando brinco no escuro? Ora vamos logo! Vocês estão atrasadas... Mas o que é isso? Pra que essas velas?

As meninas tentaram, mas, não conseguiram enganar a velha inspetora.

- Alguém pode me dizer que diabos é isso?

As meninas ficaram sem reação...

- Até você Clara?

- Eu posso explicar. Isso é apenas um jogo. – disse Clara

A inspetora se abaixou e com sua lanterna iluminou o tabuleiro.

- Isso mais parece um culto a Satanás. As senhoritas conhecem as regras da nossa escola. Jogos não são perm...

A velha Helena não podia acreditar no que via. O copo começou a mover-se sozinho pelo tabuleiro.

“Elisa apoiou-se no vaso sanitário, tentando atravessar a divisória.

- Isso Elisa! Força! - gritou desesperada uma das meninas – Você está conseguindo!

Ficou na ponta dos pés, chegando ao limite e segurou firme a divisória. Os sapatos molhados não sustentaram a pressão, Elisa não conseguiu se segurar, sofreu uma forte alavanca e bateu a cabeça no vaso.

- Oh! Meu Deus! Ela caiu! Ela caiu! – gritou a menina desesperada.

O zelador e a inspetora entraram correndo pelo vestiário com um extintor. Enquanto ela tentava apagar as labaredas que consumiam a porta, o zelador subia pelo banheiro ao lado.

- Ela está ferida. Helena, eu vou ter que pular.

O zelador saltou e com pontapés derrubou o que restara da porta.

Elisa estava caída com um corte profundo na cabeça, o vaso estava repleto de sangue, seus olhos estavam abertos sem nenhuma direção.

- Afastem-se! Afastem-se! – gritava o zelador com a garota no colo.

O vestiário já estava repleto de professores e alunos curiosos, tentando saber o que se passava.

- Minha nossa! Ela está... Ela está... Morta! – gritou a inspetora levando as mãos à cabeça.”

Juntamente com a inspetora as meninas se aproximaram para ver o copo. Ele começou a deslizar vagarosamente entre as letras.

“E”

- Meu Deus está formando algo.

“L”

- Não acredito! O que significa isso Clara?

“I”

- Um espírito... Ele está usando o copo para se comunicar.

“S”

- Não pode ser...

“A”

- O espírito está respondendo o que perguntamos. É o nome dela! – falou Regina

- Elisa? Isso é loucura! - disse a inspetora – Recolham isso agora!

- Não podemos terminar assim Dona Helena... – retrucou Clara

As meninas explicaram que tinham que finalizar o que começaram, mas a inspetora não ficou convencida e retirou o copo do tabuleiro.

- Não por favor! Não pode ser assim... – pediu Clara em vão.

- Já vi muito por hoje. E quero as três em quinze minutos em minha sala. – disse a inspetora – E esse material fica comigo.

A inspetora recolheu o copo e o tabuleiro e saiu do vestiário.

“Elisa foi levada para a enfermaria do colégio, mas não havia nada a ser feito. Foi velada no salão de cerimônias do próprio colégio. Usando o vestido preto que vestiria em sua formatura. Sua pele pálida contrastava com o cabelo negro, escorrido, em volto a flores. As mãos repousavam sobre o peito com os dedos entrelaçados segurando um terço de prata. A cerimônia foi interrompida algumas vezes por causa dos desmaios de sua mãe e também para fechar os olhos de Elisa que se abriram duas vezes durante a madrugada. Ninguém soube explicar sua morte e nem achar os culpados por aquela infeliz brincadeira. Elisa se despediu de uma vida que não teve.”

Ainda no vestiário as meninas tentavam entender o que tinha acontecido. Clara disse que nunca tinha visto o copo se mover sozinho daquele jeito. Ana e Regina estavam mais preocupadas com a advertência que provavelmente receberiam.

- Meti vocês em confusão né? Desculpa... – disse Clara.

- Não! Estávamos curiosas para saber como era esse jogo. – respondeu Ana - Gente vocês acham que essa Elisa existiu mesmo? Tinha mesmo um espírito naquele copo?

- Eu acredito que sim! E o pior é que não terminamos, e isso não é nada bom.

Logo após, as meninas se dirigiram a sala da inspetora, ouviram duras broncas, ela condenou aquilo que chamou de obra de satanás e disse que se aquilo se repetisse ela teria que reportar a diretora.

As três prometeram não fazer mais esse tipo de jogo e se preocupar mais com os estudos.
Após saírem, Helena debruçou na janela, e pensou em voz alta:

- Elisa...?!?!

A inspetora jamais esqueceu daquele olhar triste, Elisa sentada em sua sala, chorando, humilhada, tinham destruído o trabalho que ela apresentaria na feira de ciências. A inspetora sempre esperou que um dia Elisa fosse explodir, soltar toda sua angustia, revidar as provocações. Mas isso nunca aconteceu. Quanto mais era provocada, mais se isolava. Por mais que quisesse ela não pode ajudá-la.

No dia seguinte Clara não conseguia prestar atenção na aula, tinha passado a noite inteira pensando no que tinha acontecido. A voz da professora parecia diminuir cada vez mais, os movimentos pareciam cada vez mais lentos...
Mas algo chamou sua atenção, ela viu uma menina passando pelo corredor, pode ver pela janela a menina andar lentamente até a porta. Ela vestia uma camisa branca totalmente fechada, uma saia de pregas azul marinho, e meias brancas. A menina ficou parada em frente à porta, com a cabeça baixa.

Ela olhou para suas amigas, mas todas prestavam atenção no que a professora dizia, se levantou e foi ao encontro da garota. Quanto mais se aproximava menos ouvia a voz da professora. Ficou frente a frente com ela. A menina tremia, as lágrimas escorriam no rosto delicado. Clara passou a mão no rosto da garota e levantou sua cabeça. A pele era pálida, gelada e endurecida, os olhos verdes arredondados tinham as pupilas dilatadas. A menina começou a caminhar pelo corredor. Clara passou a acompanhá-la. Seus passos eram curtos e rápidos. As duas desceram a enorme escadaria e continuaram caminhando. A menina parou em frente à diretoria e quando Clara se aproximou, ela se curvou e começou a expelir sangue. O sangue tomou conta de todo o corredor.

Clara gritou desesperada...

Todos na sala se assustaram com o grito de Clara.

- Clara? – perguntou a professora – O que aconteceu querida? Você está bem?

Ela olhou para a professora e apenas balançou a cabeça.

- Acho que você cochilou. Vá ao banheiro e lave seu rosto.

Regina se ofereceu para acompanhá-la e com a permissão da professora, elas se dirigiram ao banheiro.

- Ela está aqui! Rê, eu vi... Era ela... Elisa.

- Isso é loucura! Você teve um pesadelo.

- Foi real! Eu pude sentir. Ela estava muito triste, e começou a sair sangue de sua boca...

- A brincadeira do copo nos impressionou e você cochilou e acabou tendo um sonho ruim. Eu também não consegui dormir direito à noite.

As duas entraram no vestiário, enquanto Clara lavava o rosto, Regina ficou lendo os recados no mural pregado na parede.

- Que maravilha! Dia vinte tem show dos... Clara?

Ela não estava mais no lavatório. Regina estranhou e foi até o banheiro.

- Clara? Você está ai? – sem resposta, ela começou abrir a porta de cada cabine.

O medo tomou conta de Regina, a cada porta aberta sua tensão aumentava. Restara apenas a ultima porta. Ela suspirou fundo e tentou abrir. Estava fechada.

- Clara? Você está bem? Você quase me mata de susto!

- Clara? Quem está aí? Abra essa porta!

- Rê... Estou aqui! Fui pegar um lenço no meu armário.

- Mas... Se não é você, quem está nesse banheiro?

Nesse momento a trava da porta se abriu. Os pés de Clara e Regina pareciam cimentados pelo medo. A porta foi se abrindo lentamente com um ranger forte e lento.
Elas não esboçaram nenhuma reação...

Até que saiu do banheiro uma garota usando um fone de ouvido. Todas se assustaram. Após ela atravessar o corredor, as duas não conseguiram parar de rir.

- Tá vendo Clara? Estamos muito impressionadas. Você viu a cara dela?

- É verdade. Não sei quem estava com mais medo se era a gente ou ela...

- Precisamos voltar! Daqui a pouco a professora manda alguém ver o que está acontecendo.

- Vai subindo! Eu já vou... Toda essa história acabou mexendo com meu intestino. – disse Clara

Regina sorriu, colocou a mão no ombro de Clara e disse:

- Ok! Mas não demora hein? Bom, pelo menos você está melhor...

Regina saiu do vestiário. Clara, desabotoou a calça rapidamente e entrou no banheiro. E como sempre repetiu o velho ritual antes de travar a porta. Alternou a trava para OPEN e CLOSED duas vezes para não correr o risco de ficar trancada. Clara chegava a ser paranóica com algumas coisas. Tinha diversas manias, na sua casa antes de dormir, verificava pelo menos umas três vezes se tinha fechado a porta. Gostava de tirar todos os aparelhos da tomada e sempre fechar o registro do gás antes de sair.

Após terminar mais uma das suas verificações, enfim pode relaxar. Abaixou a calça, sentou no vaso e com os braços apoiados nas pernas repousou seu queixo sobre os punhos.

Naquele instante ela pôde ouvir passos. Alguém andava rapidamente pelo corredor. A pessoa estava ofegante e de repente bateu a porta e travou. Clara ficou arrepiada, alguém tinha acabado de entrar no banheiro ao lado.

Ela tentou se distrair, mas o som que vinha do outro banheiro a deixava aflita.

Clara podia ouvir a respiração ofegante que saia do banheiro ao lado.

Ela estava com medo, mesmo assim decidiu ver o que estava acontecendo. Subiu em cima do vaso e se apoiou na divisória, tentando espiar.

Viu a menina de cabeça baixa, chorando, com as duas mãos na nuca.

- O que foi? Precisa de ajuda?

A menina levantou a cabeça e estendeu as mãos cheias de sangue.

- Elisa?!?

Nesse momento, ela perdeu o equilíbrio e caiu. Ela estava no vestiário, mas tudo era diferente.

Viu um amontoado de meninas conversando. E não acreditou quando viu aquela menina cruzar o corredor. Elisa...

Ela estava entrando no banheiro.
Clara ficou imóvel, olhando tudo o que acontecia ao seu redor. Viu as meninas retirarem as folhas dos cadernos e atearem fogo na porta.

Ela gritou, tentou ajudar, mas nada acontecia. Era como se ela não estivesse lá, era como um pesadelo.
Aproximou-se das meninas que se amontoavam no banheiro ao lado para ver o desespero de Elisa. Viu a maldade estampada no rosto de cada uma delas. Ao perceber que o fogo aumentava as meninas se afastaram do banheiro. Menos uma. Ela estava pendurada no vaso. Clara não hesitou e subiu ao seu lado. A menina dos cabelos cacheados estendeu a mão na direção de Elisa.

- Elisa aqui em cima! Suba por aqui! – gritou

O sistema de incêndio foi acionado, o alarme ecoava pela escola inteira.
Elisa apoiou-se no vaso sanitário, tentando atravessar a divisória.

- Isso Elisa! Força! - gritou desesperada – Você está conseguindo!

Elisa ficou na ponta dos pés, chegando ao limite e segurou firme a divisória até alcançar a mão da menina. Mas, a menina pregava a ultima peça em Elisa. No momento que Elisa conseguiu segurar sua mão ela puxou. Sofreu uma forte alavanca e caiu.

A menina deu um largo sorriso, virou para trás e Gritou:

- Óh meu Deus! Ela caiu! Ela caiu!

Sentindo uma forte dor na cabeça Clara se levantou. Abriu a porta devagar e espiou pela fresta. Não havia ninguém no corredor. Cautelosa, saiu do banheiro sem fazer barulho. Não havia nada no outro no banheiro, e todas as outras portas estavam abertas.

- O que você quer de mim? O que você quer de mim? O que você quer? – gritou

Foi até o lavatório, abriu a torneira, encheu as mãos de água e jogou no rosto. No intervalo, Clara contou para suas amigas o que tinha acontecido.

- Meu Deus... Parecia tão... real... Eu vi, ela estava no banheiro. Ela morreu aqui... Ela morreu no banheiro.

- Isso é loucura. Eu já falei pra você. – disse Regina

- Foi o jogo! Nós a despertamos com o jogo. Mas porque ela me atormenta? O que ela quer?

- Eu acho que sei o que podemos fazer, vamos conversar com a Dona Helena. Ela trabalha há muito tempo aqui, se Elisa um dia botou os pés nesse colégio ela pode nos ajudar.

As meninas seguiram a idéia de Ana. E procuraram a inspetora.
Entraram na sala e Clara começou a contar tudo o que tinha acontecido.
Dona Helena estava espantada. Não conseguia esconder sua perplexidade perante o que ouvia.

- Meninas... Não sei como dizer isso pra vocês. Mas o que a Clara acaba de contar, realmente aconteceu. Elisa estudou aqui nesse colégio há quarenta anos atrás, eu tinha acabado de entrar aqui. Tinha alguns meses de escola quando aconteceu um terrível acidente. Houve um principio de incêndio no banheiro e Elisa tentando escapar acabou tendo um traumatismo. Ela já estava morta quando socorremos. Foi tudo muito rápido.

- Então é verdade? Essa Elisa existiu mesmo? Não quero entrar naquele banheiro tão cedo. – disse Ana

- Sim! Querem ver a foto dela? Nós temos todos os prontuários.

A inspetora Helena abriu o extenso arquivo aonde guardava fichas de alunos de cada ano.

- Hummm... Cinqüenta e sete, cinqüenta e oito... Achei! Turma de sessenta e um.

Ela retirou as fichas e colocou em cima da mesa.

- Aqui está. Essa era Elisa. Ela era um anjo. Um amor de menina.

Clara pegou a foto e ficou olhando atentamente.

- Foi ela... Agora tenho certeza. Essa é a garota que tenho visto.

Dona Helena pediu para as outras meninas saírem da sala. Sentou ao lado de Clara e disse:

- Minha filha, eu disse para vocês não fazerem esse tipo de brincadeira. Mexer com pessoas que já se foram sempre atrai coisa ruim. Vou pedir para o Padre Lauro fazer uma oração no vestiário.

Mas me promete que não vai contar para mais ninguém o que me disse. Não quero tumulto na escola. – disse a inspetora.

Clara concordou, mas ao sair, uma das fichas chamou sua atenção.

”Meu Deus... Foi essa garota que eu vi no banheiro. Ela não ajudou Elisa”.- pensou

Olhou atentamente para a foto e disse:

- Dona Helena, quem é essa?

Ela deu um enorme sorriso.

- Ah, sim! Não consegue reconhecer?

- Não pode ser. Jura?

- Sim, minha linda... Sim!

Clara saiu da sala muito confusa. As visões que teve pipocavam em sua mente. Saiu correndo pelo corredor e entrou com tudo na sala da diretora.

- O que é isso menina? – perguntou a diretora.

- Desculpa Dona Shirley. Mas a senhora... Precisa me ajudar. A Dona Helena...

- Calma...

- Não! Eu... Estou bem... Mas a senhora precisa vir comigo. – disse Clara ofegante

- Mas o que está acontecendo?

A diretora acompanhava os largos passos de Clara, sem entender o que acontecia.

- O que aconteceu? Diga o que aconteceu. - perguntou a diretora.

Mas Clara não respondia, andava cada vez mais depressa até parar em frente ao vestiário.

- Aqui! Ela está aqui... Entre, por favor...

As duas entraram no vestiário, a diretora acompanhava os passos de Clara.

- No banheiro, ela está no banheiro!

As duas entraram no corredor dos banheiros.

- Maldito zelador! Quantas vezes eu preciso pedir pra ele trocar essas lâmpadas.

- Ela está naquele banheiro! – disse Clara

- Não tem ninguém aqui menina! – respondeu a diretora ao abrir a porta.

Clara empurrou a diretora para dentro do banheiro e a porta se fechou. Ela se levantou e tentou abrir, mas sem sucesso.

- O que você está fazendo? Menina estúpida! Você vai pagar por essa brincadeira. Vai me pagar!

– gritou enquanto socava a porta.

- Está com medo agora, senhora diretora? Engraçado... Achei que gostasse de brincar no banheiro. Você não gostava? Você e suas amigas?

- Cale essa boca! Você será expulsa! Menina insolente... Abra essa porta!

- Isso não te lembra alguma coisa?

- Não sei do que você está falando. Você deve estar maluca! Abra essa porta!

De repente um som estranho invadiu todo o vestiário. As portas dos armários começaram a bater. O ar ficou pesado e frio...

- Ela está chegando Dona Shirley. Consegue sentir? Elisa está aqui!

- Isso é loucura! Ela está morta! Elisa está morta!

- Sim ela está morta... Mas ela quer acertar as contas com alguém que lhe fez mal... Uma ex-aluna da escola. Uma garota mimada que adorava fazer maldade. Consegue se lembrar diretora?

A diretora estava cada vez mais desesperada. De repente ela sentiu algo agarrar sua perna. Ela olhou para baixo e viu Elisa saindo de um imenso buraco que se abria no chão. Ela estava com o rosto coberto de sangue. A diretora tentava se desvencilhar, mas não conseguia. Sentia seus ossos serem quebrados pela pressão exercida. A diretora gritou por socorro, e agarrou-se no vaso, mas já não conseguia conter a força de Elisa. Ao olhar para cima pode ver Clara, espiando tudo pela divisória.

- Me ajude... Por favor... Por fa...

A diretora foi completamente engolida pelo buraco, que então se fechou.

A diretora jamais foi encontrada. Seu desaparecimento ganhou notícias diárias em vários jornais e emissoras por um longo período.

Alguns meses depois:

Clara estava jogando handebol em um campeonato na escola. No calor da partida uma menina lhe acertou o rosto com uma bolada.

- O que foi sua idiota? Não gostou? Fracote!

Clara se virou para a arquibancada e lá estava Elisa observando atentamente. Ela então voltou seu olhar para a garota, deu um sorriso e disse:

- Vamos resolver isso, eu e você... Após a aula no vestiário.



quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Alguém interessado???


Rifa-se um coração.

Rifa-se um coração quase novo.

Um coração idealista.

Um coração como poucos.

Um coração à moda antiga.

Um coração moleque,

que insiste em pregar peças no seu usuário.

Rifa-se um coração que na realidade,

está umpouco usado,

meio calejado,

muito machucado

e que teima em alimentar sonhos e,

cultivar ilusões.

Um pouco inconseqüente

que nunca desistede acreditar nas pessoas.

Um leviano e precipitado coração

que acha que Tim Maia estava certo quando escreveu...

"...não quero dinheiro, eu quero amor sincero, é isso que eu espero...".

Um idealista...

Um verdadeiro sonhador...

Rifa-se um coração que nunca aprende.

Que não endurece,

e mantém sempre viva a esperança de ser feliz,

sendo simples e natural.

Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar.

Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras.

Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros.

Esse coração que erra, briga, se expõe.

Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões.

Sai do sério e, às vezes revê suas posições arrependido de palavras e gestos.

Este coração tantas vezes incompreendido.

Tantas vezes provocado.

Tantas vezes impulsivo.

Rifa-se este desequilibrado emocional,

que abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas,

mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto.

Um coração para ser alugado,

ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes.

Um órgão abestado indicado apenas para quem quer viver intensamente

contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida matando o tempo,

defendendo-se das emoções.

Rifa-se um coração tão inocente que se mostra sem armaduras e deixa louco o seu usuário.

Um coração que quando parar de bater ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro,

na hora da prestação de contas:

"O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo,só errei quando coloquei sentimento.

Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança que insiste em não endurecer e, se recusa a envelhecer"

Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro

que tenha um pouco mais de juízo.

Um órgão mais fiel ao seu usuário.

Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga.

Um coração que não seja tão inconseqüente.

Rifa-se um coração cego, surdo e mudo,

mas que incomoda um bocado.

Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda

não foi adotado, provavelmente, por se recusara cultivar ares selvagens ou racionais,

por não querer perder o estilo.

Oferece-se um coração vadio,

sem raça, sem pedigree.

Um simples coração humano.

Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado.

Um modelo cheio de defeitos que,

mesmo estando fora do mercado,

faz questão de não se modernizar,

mas vez por outra,

constrange o corpo que o domina.

Um velho coração que convence seu usuário a publicar seus segredos

e a ter a petulância de se aventurar como poeta

quarta-feira, 22 de outubro de 2008


Escorpianos e Escorpianas.....


...são dados à guerra e a tudo o que é luta; são de mau gênio e, por tudo se espinham.

Os homens abandonarão coisas de importância por frívolos prazeres.

São grossos, cheios de vigor e elegantes.

As mulheres serão delgadinhas, bem-feitas, extremamente bonitas, e louras ou ruças.

Apesar de serem boas donas de casa, serão muito atreitas ao pecado da carne, e bom será guardá-las.

Exceptuam-se as nascidas desde o dia 12 a 20 de Novembro.


Personalidade e características do signo:

Dizem que as pessoas nascidas sob esse signo são meio tristes, não no sentido de sentimento, mas sim no de gostarem de mexer nos traumas dos outros e assim acabam por conquistar a antipatia das pessoas, é um dos signos muito mal falados, é possível que a má fama tenha vindo do fato de que, para os povos que criaram a astrologia, essa época do ano correspondia ao outono, o tempo em que a natureza ensina aos homens que morrer é natural. Mais do que natural, é necessário.Tendem a ser muito fechados e a criar uma verdadeira barreira em torno dos seus sentimentos, que são sempre muito intensos.

Eles estão sempre "morrendo de amor", "morrendo de saudade", "morrendo de rir", "morrendo de raiva", mas depois de todo o estardalhaço, fica com uma cara de culpado e arrependido, que irrita até a mãe dele.

O escorpiniano tem que estar sempre vigiando-se a si mesmo para não se tornar egoísta e egocêntrico, se consegue escapar das garras e das armadilhas de si mesmo tornam-se pessoas com um lado sentimental bem desenvolvido, mas nunca se devem sentir ameaçadas ou sufocadas, certamente vão embora se alguém tirar a sua liberdade e sua vida pessoal, em contra partida são pessoas intensamente possessivas.

Se eles não tiverem um pé no "lado negro da força", conseguem liberar uma boa energia.


Uma frase para esse signo: "Não possuo tudo que amo, mas amo tudo que possuo. E cuido de perto"


Perfil Profissional:

Funcionários de Escorpião normalmente emanam uma auto-confiança silenciosa. Eles são auto-suficientes e não dependem dos outros para se sentirem importantes. Eles mantêm a sua vida privada separada do trabalho e assumem completa responsabilidade pelos seus atos e a sua situação. Eles não ficam a pedir desculpas; apenas tomam conta da sua própria pessoa e esperam que todos os outros façam o mesmo. Aqueles que não o fizerem, colegas e gerentes, terão de enfrentar a ira do Escorpiano.

Eles não se incomodam de se manifestar quando acham que algo está errado, qualquer que seja a situação. E se você os desafiar, fique certo de que haverá uma retaliação forte. Eles não admitem insultos ou oposição. Se você gerencia um funcionário Escorpiano, certifique-se de cumprir a sua palavra e não vai quebrar nenhuma promessa - o Escorpiano vai perceber e criar pesados ressentimentos contra você, se o fizer. Você pode nem dar conta até que seja tarde demais - mas pode ter a certeza que o saberá. Funcionários de Escorpião tratarão os outros à sua volta exatamente como são tratados. Quando conseguem o que querem, são muito receptivos. Se você está a tentar motivar ou trabalhar com um colega de Escorpião, cuide de tratá-lo com respeito e de agir profissionalmente. Dê-lhes tarefas desafiantes que lhe permitam usar sua esplêndida autoconfiança e coragem.


Perfil Sexual:

Se você se sente voluptosamente atraído por um par de coxas generosamente expostas ou por frestas na roupa que permitem antever detalhes libidinosos, está apenas a exercer o seu autêntico papel de escorpiano. Regido por Plutão, o nativo deste signo sabe que tem a magia da atração, uma força magnética irresistível e que, quando quer, usa e abusa.

Mas ilude-se com facilidade, pode achar que vai pescar um peixão enorme quando vê que ele próprio acaba de cair na rede. Talvez valha a pena enrroscar-se; o escorpiano apaixonado exala sexo, tem fome e sede de um amor que só orgasmos múltiplos conseguem saciar por algum tempo.


Atração fatal: por Touro, parceiro completo e ideal.


Contactos quentes: com Câncer, Virgem, Capricórnio e Peixes, desde que eles consigam sobreviver a tal furacão claro! Com a maior facilidade, caem nas graças de geminianos e aquarianos, que depois podem levar anos em intensiva recuperação.


Passe longe de: Sargitário ou de Leão. Com eles, o escorpiano bate de frente e experimenta, ao mesmo tempo, o amor e o ódio.


A verdade sobre o pior e o melhor dos Escorpianos

1- O mais intenso signo do zodíaco. Interessa-se pelo lado oculto das coisas. Prefere os caminhos subterrâneos. Quer descobrir os segredos, desvendar um enigma... Exerce muita influência e fascínio sobre as pessoas. Possui poderes misteriosos. Tem um olhar fascinante e às vezes insuportável. Sabe exatamente o que quer. Não aceita conselhos. Revolta-se com a opressão mas, muitas vezes, oprime.

2- Não aceita qualquer tipo de autoridade, mas é autoritário. Defende a sua dignidade. É intransigente quanto aos seus direitos. Rebelde a qualquer disciplina. Tem uma disciplina própria. Adora dizer não!

3- Vê sexo em tudo e acima de qualquer coisa. Enfrentam qualquer situação. Adoram polêmicas. Desprezam a superficialidade. O de Escorpião nunca consegue relaxar. Orgulhosíssimo: prefere privar-se de um favor, que lhe traria vantagens, a ter que dever gratidão a quem quer que seja. Não acredita na lealdade de ninguém. Ciumentíssimo. A sua vingança é lenta. Quando se vinga, é implacável. São pessoas interessantíssimas. Se um escorpião cruzar o seu caminho, você jamais o esquecerá. Se quiser ficar com ele, será para sempre.


Compatibilidades com outros signos:

Escorpião / Carneiro - Esta relação tem de fundamentar-se na confiança mútua; tem uma forte componente física.

Escorpião / Touro - Poderão ter violentas lutas, mas a paixão acabará por compensar.

Escorpião / Gemeos - A dualidade e leveza de Gémeos pode levar Escorpião a perder a cabeça.

Escorpião / Câncer - Relacionamento forte e saudável, que se alimenta de inúmeras afinidades.

Escorpião / Leão - Embora encarando-se com respeito mútuo, cada um vai tentar dominar o outro; pode ser desgastante.

Escorpião / Virgem - Virgem sente-se nervoso perante Escorpião, mas a fidelidade é muito importante e compensadora.

Escorpião / Libra - Se Escorpião contiver os ciúmes, esta ligação pode ser plena e feliz.

Escorpião / Escorpião - Nesta ligação tudo é intenso, desde a paixão aos desencontros.

Escorpião / Sagitário - É uma relação difícil, mas de tentar. Escorpião aprecia a franqueza de Sagitário.

Escorpião / Capricórnio - O respeito e simpatia de Escorpião por Capricórnio leva-o a tornar-se meigo e confiante.

Escorpião / Aquário - É uma relação imprevisível e potencialmente explosiva.

Escorpião / Peixes - Embora com divergências, tentam e conseguem compreender-se.


Como irritar um Escorpiano:

Aprendam como irritar este signo em uma lição e divirtam-se!

Faça perguntas pessoais.Saiba muito sobre eles e dê isso a entender.Obtenha mais sucesso do que eles e rebaixe-os; isto mata-os.Diga sempre -"Isto não é da tua conta!"Abra e remexa nas suas gavetas.Escreva coisas na sua agenda em código e depois deixe que ele(a) encontre "por acaso".Cochiche com outras pessoas olhando para eles, rindo de vez em quando.


Finalizando...

são pessoas inteligentes, reservadas, persistentes, arrojadas e que não temem obstáculos, podendo-se tornar cruéis com quem atravesse seu caminho. Pessoas pertencentes a esse signo são tidas como muito fiéis, sendo capazes de carregar um trem por seus amigos, mas utilizam-se do mesmo trem para passar por cima quando traídos. Segundo a Astrologia, ainda, seriam bons líderes de grupo. Altamente sensuais e sexuais. Apaixonados, emotivos e de grande fragilidade emocional disfarçada. É o mais erótico dos signos. É o signo que rege o sexo, a vida e a morte.



quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Canção para uma valsa lenta

Minha vida não foi um romance…
Nunca tive até hoje um segredo.
Se me amas, não digas, que morro
De surpresa… de encanto… de medo…
Minha vida não foi um romance…
Minha vida passou por passar.
Se não amas, não finjas, que vivo
Esperando um amor para amar.
Minha vida não foi um romance…
Pobre vida… passou sem enredo…
Glória a ti que me enches a vida
De surpresa, de encanto, de medo!
Minha vida não foi um romance…
Ai de mim… Já se ia acabar!
Pobre vida que toda depende
De um sorriso… de um gesto… um olhar…
Mário Quintana

terça-feira, 14 de outubro de 2008



Apenas fica um pouco, pra eu te sentir
Nesse vento leve que me toca a face
Que me reflete o teu amor a me intuir
No sabor preparado da certeza do enlace

Apenas não fala nada, me olha com cuidado
Para que eu possa mapear o teu olhar
E equalizar dentro de mim o teu doce carinho
Que me devotado quando resolvi te amar

Apenas me deixa te tocar, com supremacia
Na certeza que tua essência ficará
Impregnada em minha pele pela maestria
Do amor nosso que se perpetuará

Apenas... deixa nada, apenas nada
Eu te amar sem nenhum medo ou receio
Repousar meu calor em seu peito
E relembrar que tua ida, me deixou amor

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Que homem é este??



Que homem é este....

que chegou de mansinho e bagunçou os meus sentimentos?

Que vontade de abrir minhas asas,

pousá-las sobre ti suavemente,

sem pressa, te cobrindo de carinho.

Que vontade de renunciar ao medo,

acender o meu corpo no teu,

rastrear os teus segredos, te sondar devagarzinho.

Que vontade de matar a minha vontade,

fazer tanto me querer até que cada pedacinho da minha vontade em ti eu possa praticar.

Que vontade de te despir bem de mansinho,

sentir teu corpo me conduzindo até onde a tua vontade me levar.

Que vontade de provar o teu cheiro,

tocar a tua pele, encostar minha boca na tua,

tateando fundo, até onde o teu desejo me puxar.

Que vontade de nas tuas curvas me encaixar,

nas suas coxas me enroscar,

do mundo eu me esquecer,

te amando muito mais,

a cada espasmo de prazer.
*** rsrsrs.... um elefante gorducho com sua menina ***

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Quero ser a noite




Já não me basta este corpo de carne

E já me doem lembranças desta vida

Eu quero ser a noite, em todo seu esplendor

Quero ser o céu escuro que te cobre nas noites sem lua

Já não me basta esta beleza limitada

Essas paixões de memórias

Este corpo de vida curta

Não quero ser lembrada

Não quero ser esquecida

Não quero estar aqui

Eu quero ser

Apenas ser

E sempre ser

Eu quero que me sintas, me toques, me vejas

E eu não estarei lá

Não quero estar ao teu lado para que apenas assim penses em mim

Eu quero ser a noite, em todo seu esplendor

A noite de beleza eterna

Quero ser a brisa que te toca todas as manhãs

Que te traz noticias de além mar

Eu quero ser o manto negro que te cobre ao final de todas as tardes

Eu quero ser a noite

Quero ser para sempre